AI Chatbots lutam para relatar com precisão durante as últimas notícias: o caso Charlie Kirk

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A rápida propagação de desinformação e teorias de conspiração em torno da morte de Charlie Kirk, um comentador conservador, destacou uma falha crítica na dependência de chatbots de IA para notícias de última hora. Após o seu tiroteio num evento público no Utah, a Internet foi rapidamente inundada com alegações e especulações não verificadas, exacerbadas por respostas imprecisas e enganosas de chatbots de IA. Este incidente sublinha as limitações da inteligência artificial quando se trata de reportar com precisão e responsabilidade sobre eventos em rápida evolução.

A desinformação alimentada por bots

Os relatórios iniciais do incidente foram caóticos, com confusão sobre se Kirk estava vivo ou morto. Esta incerteza criou um terreno fértil para a especulação online, e os utilizadores rapidamente recorreram às redes sociais para divulgar e amplificar informações não verificadas. No entanto, os chatbots de IA, integrados em plataformas como o X e acedidos através de serviços como o Google, muitas vezes agravavam o problema ao fornecer informações imprecisas ou enganosas.

  • Relatórios conflitantes: Os chatbots de IA ofereceram relatórios conflitantes, com alguns alegando inicialmente que Kirk havia morrido, apenas para retirar a informação mais tarde.
  • Validação de teorias da conspiração: Em outros casos, os chatbots aparentemente validaram teorias da conspiração existentes, incluindo alegações de assassinatos planejados e envolvimento estrangeiro, fornecendo respostas geradas por IA que apoiavam essas narrativas falsas.
  • Afirmações enganosas: Um chatbot afirmou erroneamente que a CNN, o NYT e a Fox News identificaram um democrata registrado como suspeito, o que se revelou falso. Outro bot rotulou o vídeo do tiroteio como um “meme”, apesar de especialistas em segurança confirmarem sua autenticidade.

O papel do viés algorítmico

Os relatórios imprecisos dos chatbots decorrem de vários fatores inerentes à tecnologia de IA.

  • Falta de verificação humana: Ao contrário dos jornalistas humanos, os chatbots não podem ligar para autoridades locais, acessar documentos em primeira mão ou autenticar recursos visuais – etapas críticas na verificação de informações.
  • Efeito Câmara de Eco: Os algoritmos de IA tendem a priorizar informações que são repetidas com frequência, permitindo que falsidades ganhem força e abafem relatórios precisos.
  • Priorizando vozes mais altas: Os chatbots são suscetíveis a reivindicações repetidas de sites de baixo engajamento, postagens sociais e farms de conteúdo gerados por IA, propagados por atores mal-intencionados.

A tendência mais ampla: mudanças nas estratégias de verificação de notícias

Este incidente ocorre num momento em que as principais empresas tecnológicas dependem cada vez mais da IA e da moderação da comunidade para gerir a verificação de notícias, uma mudança que levanta preocupações sobre o futuro da literacia noticiosa.

  • Redução de verificadores de fatos humanos: Muitas empresas reduziram os investimentos em verificadores de fatos humanos em favor da moderação de conteúdo orientada por IA.
  • O “Dividendo do Mentiroso”: a IA permite que os indivíduos aleguem que informações reais são falsas, semeando confusão e desconfiança, um fenômeno conhecido como “Dividendo do Mentiroso”.
  • Diminuição da confiança em fontes tradicionais: Uma pesquisa da Pew Research indica que os indivíduos que encontram resultados de pesquisa gerados por IA têm menos probabilidade de clicar em fontes adicionais em comparação com aqueles que usam mecanismos de pesquisa tradicionais.

McKenzie Sadeghi, pesquisadora da NewsGuard, observa sucintamente: “Algoritmos não exigem comentários”, enfatizando o papel insubstituível do julgamento humano na divulgação de notícias responsáveis. Deborah Turness, CEO da BBC News and Current Affairs, ecoou este sentimento, alertando: “Quanto tempo levará até que uma manchete distorcida pela IA cause danos significativos no mundo real?”

O caso Charlie Kirk serve como um forte lembrete da necessidade de cautela e ceticismo ao confiar em chatbots de IA para notícias de última hora, e destaca o debate em curso sobre o papel da inteligência artificial num cenário mediático em rápida evolução.

A crescente dependência da IA ​​na recolha de notícias levantou preocupações sobre a crescente desinformação e o impacto da IA ​​nas notícias e na política

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